O meu "eu" tão seu que até me vejo dentro dos teus olhos, mergulhando em sua alma, plena de aleria.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Olhando do alto, vendo tudo o que aconteceu...

A distância que nos separava as horas, os segundo, uma fração poderia fazer tudo diferente, uma palavras quebraria o “encanto” da gente.

Tudo sem nenhum plano, e as partes foram se encaixando, como uma mágica união daqueles quebra-cabeças gigantes, eu passaria a vida inteira pra encaixar cada peça, mas...

Ao te olhar, contemplar teu sorriso, a magia se fez, o brilho surgiu em meus olhos...

os pensamentos que chegaram na mente, e amor bateu na porta do peito.



“admito, tenho medo!

Mas quem não tem?

Só não deixe que ele caminhe a nossa frente...”



Então abri a porta devagar, bem devagar, e ele entrou sem pedir licença, tirou os sapatos, e se acomodou no mais intimo do meu coração, abriu a geladeira da minha alma e falou. “A partir de hoje aqui só tem fogão, nada de comidas congeladas, tudo será fresco e natural”

Tirou as coisas velhas e frias que guardava, deixando espaço para uma nova e deliciosa fornada de biscoitinhos de amor, todos quentes e em forma de coração, sentei no chão da sala com um prato cheio, comi como bruto, devorei um a um, com gula, com apetite...

Um copo de leite, e frutas cheias de sabor...

assim me deleito todos os dias com teu amor.

No dia em que eu te vi pela primeira vez...

No dia em que eu te vi pela primeira vez...

...Você não era ninguém pra mim, não significava nada além de um belo rostinho, num corpinho pequeno.
Era apenas um transeunte, esperando pelo meu amigo, que ainda estava em sala de aula.
Eu estava lendo "Carrie, a estranha", estava absorto em idéias abstratas.
Estava gostando de alguém, uma garota morena de belo rosto e um nome horrível nem tão bonito.
Estava satisfeito com a vida que eu levava..
Eu não julgava precisar de mais.
Não estava apaixonado... muito menos corria o risco de amar a garota,
mas estava satisfeito.

Quando você cruzou meus olhos pela primeira vez, eu nem reparei...
Apenas notei de relance que eras uma gracinha, mas isso nem me prendeu a atenção.
Quando meu amigo me apresentou "Aquele Vagabundo é meu amigo",
eu senti vontade de conheçer aqueles que rodeavam meu companheiro.

E ele insistiu no substantivo "Vagabundo", e, pela primeira vez, eu fui surpreendido por você.
"Então eu sou a Dama"... - apenas um comentário...
Algo que sequer eu lembraria.
Mas o tempo passou, e a minha vida permaneceu igual.
Estava satisfeito com a ausência de amor.
Até aqueles dias...

Te conheci na sua "pior" personalidade...
Em altos graus etílicos e total ausência de vergonha.
E... mesmo totalmente bêbados, de alguma forma,
Você me fez acordar, me fez querer mudar.

E então eu deixei você me beijar...
um beijo selvagem e sem coração.
Mas cheio de desejo e volúpia.
O Inferno queimava em meus lábios
Estava invadindo o terreno depravado da minha alma
Estava provando do vinho e do mel.

Você não era minha, nem por um minuto, naquele dia, foi.
E então te vi emprestar seus beijos a outra pessoa,
e depois a mim novamente.
Era completamente instintivo e natural o meu desejo.
Desejo de te comer com os olhos e com o corpo
Desejo de te fazer gozar desesperada.

...mesmo que tivesse que te dividir...

Quis o destino, que é gozador, que eu te tivesse a sós.
Sóbria...
Única..
E eu então penetrei os teus mas íntimos espaços.
e sem querer... de alguma forma... a tua alma.
o veneno já estava em nosso sangue.
Já estava fazendo efeito.

E eu mesmo assim acreditava que nunca haveria de te ter ou te amar
e com esse pensamento na cabeça,
eu acabei notando que você era o Único pensamento em minha cabeça.
E tentei em vão te extirpar.
Até que eu decidi te enfrentar...

----------CONTINUA------------